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Verdilhão (Carduelis chloris)
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O Canto do Verdilhão (Carduelis chloris)
Ordem: Passeriformes.
Família: Fringillidae (tentilhões, pintassilgos, verdilhões e afins)
Também conhecido por Amarelão, Verdilhão-comum, Verdizela, Milheira-amarela, etc.
Abundância, distribuição e habitat
Ave residente, muito comum em todo o país, excetuando as zonas de clima seco do interior e em altitudes acima dos 1000 metros, onde é raro. Habita quase todo o tipo de florestas, terrenos de cultura com árvores, pomares, olivais, parques, jardins, etc. Em alguns locais de Portugal é a ave mais frequente, apenas ultrapassada pelo Pardal-comum (Passer domesticus).

Taxonomia, características e alimentação
Em Portugal reside e nidifica a subespécie Carduelis chloris vanmarli. O Verdilhão é uma ave maciça, com um comprimento entre 14 a 16 centímetros. Na primavera e no verão o macho tem o peito amarelo esverdeado, enquanto a fêmea é cinzenta, com um halo esverdeado. As aves novas são acastanhadas, com listas longitudinais escuras. Em toda a fase da plumagem apresentam a cauda amarela e as aves adultas têm também um espelho amarelo nas asas. A alimentação do Verdilhão é constituída quase exclusivamente por sementes várias, rebentos e bagas. Durante a reprodução pode também capturar alguns invertebrados que consome ou dá às crias.

Biologia da Reprodução.
O Verdilhão é uma das primeiras aves a executar, em fevereiro ou início de março, a sua cantiguinha de amor, de preferência a partir da extremidade de um ramo em local elevado, de onde muitas vezes parte para um voo nupcial com batimentos de asas impetuosos. O ninho, construído pela fêmea com os materiais trazidos pelo macho, é uma construção pouco artística, comparado com o ninho de outras aves, e encontra-se quase sempre em sebes e arbustos, a alturas relativamente baixas. O período de nidificação tem início em março ou abril, o que significa que os filhotes podem principiar a voar logo que as árvores comecem a cobrir-se de folhagem. A fêmea choca muito agarrada aos ovos, quase sempre na quantidade de 5, enquanto o macho canta nas proximidades, ao mesmo tempo que apresenta os seus voos nupciais. A duração do choco é de treze a catorze dias e a permanência dos filhotes no ninho também entre treze a catorze dias. Estes são alimentados, principalmente, com sementes amolecidas no papo dos pais. Ao contrário de outras aves, os pais não retiram os excrementos dos filhotes do ninho. Geralmente o macho cala-se no fim do período de nidificação, embora alguns casais recomecem a cortejar-se e avancem com uma segunda postura nos fins de junho.

Movimentos e fenologia
O Verdilhão é considerado uma ave residente. No entanto é possível que ocorram em Portugal populações migradoras, considerando a observação da passagem de grandes bandos outonais, durante os meses de outubro e novembro, na zona do cabo Espichel. O número de recuperação de aves anilhadas no estrangeiro é muito reduzido, comparando com outras espécies de fringilídeos, destacando-se a captura de um Verdilhão anilhado na Bélgica, o que leva a concluir que Portugal deverá acolher alguns invernantes vindos do exterior.

Fontes:
Aves Terrestres - Frieder Sauer. Revisão científica da edição Portuguesa: Prof. Doutor Fernando Frade.
Atlas das aves nidificantes em Portugal - Assírio & Alvim
Aves de Portugal - Paulo Catry, Helder Costa, Gonçalo Elias e Rafael Matias.
http://www.avesdeportugal.info | http://avibase.bsc-eoc.org | http://www.xeno-canto.org | http://www.javierblasco.arrakis.es/
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