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Pisco-ruivo (Erithacus rubecula)
Galeria Fotográfica
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O canto do Pisco-ruivo (Erithacus rubecula)
Ordem: Passeriformes.
Família: Muscicapidae (papa-moscas)
Também conhecido por Pisco-de-peito-ruivo, Papinho, Porco-bispo, etc.
Distribuição, abundância e habitat
Ave residente e invernante, muito comum em todo o território, menos no Sul, onde é mais escassa.
O Pisco-ruivo frequenta, de preferência, florestas húmidas mistas e de folha caduca, com grande densidade de ramos baixos, parques e jardins com arbustos perto de água.

Taxonomia, características e alimentação
Em Portugal ocorrem as subespécies Erithacus rubecula rubecula e a Erithacus rubecula melophilus. As aves adultas, com cerca de catorze centímetros de comprimento, distinguem-se pelo peito vermelho e pela parte de cima do bico de um alaranjado, emoldurado por um cinzento azulado, e com a raiz da cauda branca. Os filhotes, pintalgados de castanho, reconhecem-se pelos seus grandes olhos escuros. Para a sua alimentação procuram no chão insetos, aranhas, minhocas, caracóis, etc. No Outono também se alimentam de bagas e no inverno gostam de aparecer nos comedouros onde procuram alimentos moles, como passas, flocos de aveia, etc.

Biologia da Reprodução
Os machos iniciam o seu canto a partir de meados de janeiro até meados de junho, especialmente de manhã cedo e ao entardecer. No entanto, em locais com iluminação artificial, o pisco-ruivo pode ouvir-se a meio da noite.
O canto compõe-se de uma toada borbulhenta e enlevada, sendo considerado como um dos mais bonitos cantos de aves que existem. Indivíduos da mesma espécie e sexo são afastados do território de nidificação por este canto. Mas, se necessário, também podem ser usados o bico e as garras para tal propósito, sendo o ataque quase sempre dirigido ao peito vermelho da ave adversária.
Quando a fêmea é cortejada, é sempre o macho que a alimenta.
O ninho, feito de folhas, tanto pode ser construído no buraco de uma árvore ou de uma rocha, como numa depressão de terreno, sob ervas pendentes. As posturas, normalmente com quatro a sete ovos, podem ser de duas por ano, entre abril e junho.
O choco dura entre treze a catorze dias. As crias, que ao nascerem são de cor preta e sem qualquer revestimento, permanecem no ninho também entre treze a catorze dias. Quando estas começam a voar ainda a coloração do peito não é vermelha, podendo fazê-lo livremente pelo território dos pais sem sofrerem represálias. Contudo, logo que as primeiras penas do peito começam a mostrar a coloração vermelha, chegou a hora de procurar novo território, a bem ou a mal!

Movimentos e fenologia
As populações migratórias invernantes são compostas principalmente por aves do sexo feminino e provêm da Europa Ocidental, Setentrional, Central e Oriental, desde o Reino Unido até à antiga URSS. A partir de janeiro ou fevereiro estas populações iniciam o regresso aos locais de origem.

Fontes:
Aves Terrestres - Frieder Sauer. Revisão científica da edição Portuguesa: Prof. Doutor Fernando Frade.
Atlas das aves nidificantes em Portugal - Assírio & Alvim
Aves de Portugal - Paulo Catry, Helder Costa, Gonçalo Elias e Rafael Matias.
http://www.avesdeportugal.info | http://avibase.bsc-eoc.org | http://www.xeno-canto.org | http://www.javierblasco.arrakis.es/
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